Me vejo morto!

Olho pra dento e vejo percepções bem abstratas.

Saias, saias, saias, e, muitos sais mórbidos e insípidos.

Me socorre.

Me socorre.

Me socorre de mim mesmo e me protege desses cães todos.

Chove aqui por dento e morro de frio.

O telhado presente tá quebrado e as lembranças me assolam.

Sao as chances tragadas pela bela-tenra loucura.

O tempo e o dinheiro se xingam, agridem a mais doce canção.

Diversos cães curei e assim os criei.

Com razões e rações bem caras.

Livres de caras e das doses de uisque que só eu tomei.

Me chamam com chavões me xingam de doutores que não sou.

Nem ao menos os conheço, nem os quero junto a minha enfermidade.

Densa treva e muita dor,

Muito sexo, muito eu.

Muita eu em voçê.

Diversas drogas desconhecidas pelos mortais.

Só sexo não me é suficiente neste instante.

Mas me basta agora teu corpo nú nessa escuridão.

Só o dinheiro não me vale, pena que vale tanta coisa.

Sinto dó de mim mesmo e corro aos teus braços.

Já me viste nú e despido dessas razões todas.

Morri.

Morro.

Morrerei sustentado por esse absurdos todos.

Não me assusto mais!

Já escrevi sobre isso!

Não corro mais disso daqui, os pesadelos e as quitarras

naõ me fazem mais tremer.

nem todo esse requinte feminino .....ou masculo

Mesmo louco...cheio de ardor e medo.

Mesmo comendo da loucura-desavença.

Mesmo mastigando a criancise;

Ou mesmo engolindo a dormência,

Mesmo que seja tudo isso junto.

Ou mesmo que nada disso esteja em meu prato-alma matinal.

Na loucura são loucos, todos loucos!

Me deixe só aqui dentro comigo mesmo, só eu comigo mesmo....

Clayton Freitas Morais
Enviado por Clayton Freitas Morais em 17/01/2007
Reeditado em 07/07/2007
Código do texto: T349825
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