A Madalena

Se, a meia noite, pela estrada que te contei,

De trás de um posto de gasolina onde enchi o tanque,

te pisquem o olho umas bolinhas azuis, vermelhas e amarelas,

Comporta-te bem, e freia.

E, se a Madalena pede um trago,

Tu à convidas a cem que eu pago.

Aproxime-se a sua porta e chama

Se te morres de sede,

se já não jogas às damas nem com tua mulher.

Só te peço que me escrevas,

Contando-me se segue viva

a virgem do pecado,

a noiva da flor da saliva,

o sexo com amor dos casados.

Dona de um coração,

Tão cinco estrelas,

Que, até o filho de um deus,

uma vez que a viu,

se foi com ela,

E nunca lhe cobrou a Madalena.

Se estas mais sozinho que a lua,

Deixa-te convencer,

brindando a minha saúde, com uma que eu sei.

E quando subam às bebidas,

O dobro do que te peça

Dele por seus favores, que, em casa de Maria Madalena

As mas companhias são as melhores.

Se levas graxa no porta luvas ou uma alma que perder,

Estacione, junto de suas cadeiras de leite e mel.

Entre duas curvas redentoras

A mais proibida das frutas te espera até a aurora,

A mais senhora de todas as putas,

A mais puta de todas as senhoras.

Com esse coração tão cinco estrelas,

Que até o filho de um deus,

Uma vez que à viu, se foi com ela.

E nunca lhe cobrou a Madalena.

Joaquin
Enviado por Joaquin em 14/03/2012
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