** O BARALHO **     06-05-2012



Quisera ser um valete
Onde me esbarraria
Aos reis de infantaria
Lindo como um flete

Quem dera que um ás
Gritasse: voltarás?
Ou que um sete eterno
Revivesse o castelo...

Quiçá as tendas de bênçãos
Unam-se a nós de mão cheia
Até cansarem os tendões
Em prece, incendeia...

O verde forro de mesa
Pudera, já é tarde
Creio imaginar turquesa
Em lugar da fina Jade

As damas sempre em pares
Ou em trincas promíscuas
Canastras imploram altares
Ou buracos deixam pistas?

Ademais, jogo ou vício
Distração ou ofício
Ou apenas flertar no hospício
Perdendo então o viço?


***
Adam Poth
Enviado por Adam Poth em 06/05/2012
Reeditado em 09/05/2012
Código do texto: T3652997
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.