Iluminar
O vento bate forte. Na janela do tempo
os homens fogem lerdos da escuridão
cobram-se promessas... das regalias
Cumpre-se horários... da vida
dorme-se tarde
acorda-se cedo
Enfrentar... a vida com alegria
a dor.
Passa sobre nós a ilusão do amanhã
volta-nos o passado... pesado
leves como plumas
voamos de mãos dadas para além
Como poucos
entendemos o mundo
como poucos
choramos por ele
Somos poucos
perto dos muitos
partilhamos com eles
o mesmo mundo
No seu final
na catástrofe geral
somos poucos
No delírio
de uma loucura
imagens se sobrepõe
sobre a estrutura
No amor surgido de repente
coração pulsa ardente
no vazio
da rua
ilumina uma parte a Lua
Na cabeça
alheia ao pensamento
caem ruínas
e sopra o vento
macio
leve
sombrio
causa calafrio
Na coluna dorsal
equilíbrio total
a mente forte
perversa
do homem
nú... ao espelho
Almas gêmeas
de mesmo gênio
ocultas na sombra da noite