Mentes doentes...

Mentes doentes...

Mentes doentes...

Essas mentes doentes me procuram insistentemente.

Elas querem provar minha carne...

Querem me devorar até o osso como se fossem vermes gulosos.

E elas querem sugar meu sangue.

Elas já levaram meus sonhos.

Roubaram minha estabilidade e sanidade.

Destruiram minhas ilusões e crença nas pessoas e no mundo.

Mas, não, isso não é o bastante, elas querem me devorar por inteiro.

Querem profanar meus ideais.

Querem me ver secar em vida.

Querem sugar minha vida.

E querem levar minha alma para as profundezas do maldito inferno.

E eu presa perdida no raso nada profundo de meu mundinho imundo e insignificante.

Que posso eu fazer?

Quem poderá me socorrer, se eu não tenho nada, nem ninguém por mim?

Minha fé se perdeu no deserto de uma existência injusta e desigual.

O que ficou foi a certeza de sempre ter sido eu e nunca ter fugido a minha verdade.

Mas, a sanha de sangue dessa gente!

Oh, mundo doente!

Oh, gente demente!

Mas, o que faço eu para me proteger?

Se nada tenho além desse corpo fraco e machucado.

Meu coração desesperado quase morto e enterrado.

Só sobrou minha alma, a qual atirada numa vala, ainda luta desesperada por vida e pela vida.

Mas, as mentes doentes não dão trégua e o que me sobrou foi a semente de uma tristeza que não tem cura e nem fim.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 06/06/2012
Código do texto: T3709856
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