MORADOR DE RUA

MORADOR DE RUA

Falava sozinho

Com seus fantasmas conversava

Olhar perdido mente no pelourinho

Da vida se afastava

Vivia na rua

Existência nua e crua

Cruel para a maioria

Para ele alegria

Nos cantos dormia

Sem pesadelos

Afinal não tinha zelo

Nada sentia

Era um mundo só seu

Talvez puro breu

Mas não é o que parecia

Luz e brilho pra ele existia

Um dia se foi para outra dimensão

Assim como veio

Vítima de um bombardeio

Quem sabe da sua imaginação

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 10/06/2012
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