Desejo flamejante
Teu corpo de menina mulher
Assume contornos que consigo entrever...
Uma silhueta de um malmequer
Cujas pétalas são meu bem querer.
Ai, impetuosa concupiscência
Que inebria como vinho raro:
Envergadura da previdência;
Pueril sonho que custa caro!
Se escutas meu conclamar
Por ti, por teu pecado carnal,
Não alimentes a flama de meu amar
Pois teu querer é do meu desigual!
Iníquo mundo de desejo...
Mas quem define iniquidade?!
Sei o sabor ardente de teu beijo
Sem nunca o beijar na realidade.