Devaneios

Já tentei apanhar a maldade nas mãos

E massacrá-la.

Nesse ledo engano

Que objetos danosos

São pedaços da jaula.

Já magoei

Por não poder perdoar.

E já perdoei

Mesmo não querendo esquecer.

Só para continuar a chorar.

Porque lembrança traz emoção intensa

E saudade dói sem morrer.

Já tentei agarrar meus pedaços

E jogar pela janela do coração

Entreaberta.

Emoldurada de aço.

Mas efêmera como a solidão.

Já tentei o impossível

Para cruzar o caminho

Num sensato esforço

...em vão.

Jacqueline Campos Rojas
Enviado por Jacqueline Campos Rojas em 28/07/2012
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