Tempo que Vai, não é Tempo que Vem

O tempo é sempre frontal
Senhorial e anfitrião
Se a paixão arde e o desejo trai,
A razão que não é senhora
Em sua própria casa,
Mas é atemporal,
Não se põe ao sujeito
Que é sempre oculto
E por estar sempre em construção
O outro e o grande outro
Só o veem a passar
Em sutis mudanças
Como uma borboleta
Em eterna metamorfose
Sempre com um grande voo
A lhe esperar...
E assim foi, o que seria, já sendo
Passado e futuro na incerteza do presente.

Ibernise.
Barcelos (Portugal), 30JUL2012




Ibernise
Enviado por Ibernise em 30/07/2012
Reeditado em 02/08/2012
Código do texto: T3805002
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