Duas estrofes do anoitecer

Frio mar de lama sem memórias das naus

Cinzas nuvens costuradas no céu

Na terra sacra de arado triste

Que anoitece no cair do véu.

Eu sou das horas essa cor medonha

Do entardecer que se pinta ao léu

Na terra magra onde a flor resiste

E gira o sol em seu dossel.

Francisco Cavalcante
Enviado por Francisco Cavalcante em 01/08/2012
Reeditado em 10/08/2019
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