Grito continuado.

Um silêncio cortante, uma raiva controlada,

Continuo só, continuo vivo, continuo...

Pouco a pouco o desespero toma conta,

Não sei se fico, não sei vou, se estou parado, onde estou?

Um momento abreviado, distorções sonoras, visuais, distorções de caráter, estou cercado?

Tão confuso que não sei mais,

Não paro, nem tão pouco continuo, apenas vivo e existo, extinto,

Portas inexistentes que se fecham na cara da gente,

A beleza que de tão bela não é mais, quem sabe nunca foi,

É tão confuso, desespero solidão e dor, é finito pra sempre,

Nunca mais, quem sabe pra sempre?

Eu nem sei quem sou, quem sabe se o horizonte faz curva?

Qual é o preço do teu sorriso? Voltas e voltas, em círculos pra não perder a vontade,

E agora? Me perdi... Eu não sei, onde esta a honra?

Desespero... Silêncio... Solidão,

É só uma vontade de gritar que consome a alma,

Um grito, as duas da madrugada, um sussurro de uma alma perturbada, alma desalmada, desarmada e vilipendiada,

Uma vida simples, sem parar, nem tão pouco continuar, talvez apenas permanecer,

Intacto, memorizado, dividido ao meio, continuado, apenas um grito, as duas da madrugada, quem sabe se existe rosas cor de fogo?,

O grito permanece grito, quem sabe me devolve?

É apenas o desespero silencioso de um grito continuado, que sabe quando?... Quem sabe onde?... Apenas um Grito continuado... Quem sabe nunca mais.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 30/07/2005
Reeditado em 30/07/2005
Código do texto: T38828