Atrás das paredes...

Atrás das paredes,

insano

tenta recordar.

Sabe que já amou,

única coisa que pode lhe acordar...

Paredes sem portas sem janelas.

Há se pudesse ouvir,

se houvesse um facho de luz,

se apenas um filete?

Poderia mostrar uma saída...

Alguma coisa que libertasse,

atrás das paredes imundas.

A mesma pergunta,

por quê?

Fantasmas que o assombram,

sangue em suas mãos,

vive um pesadelo,

e não sabe como despertar...

(que paredes são essas)

Que cheiro?

funesto, fúnebre, morte.

Que sentimento é esse (pura maldição)

Aquele pouco que amou uma gota

por um momento lhe serviu,

uma pequena fenda se abriu,

alguém lhe ouviu,

começou a sua mudança...

Atrás das paredes,

Já vislumbrava uma pequena luz.

Estava despertando...

Cláudio Domingos Borges

poeta cláudio
Enviado por poeta cláudio em 05/12/2012
Código do texto: T4020737
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