ERRANTE

ERRANTE

Na obscuridade

Da minha insanidade

Absorvo meus traumas

Revolvo minhas almas

Almas sofridas e descontentes

Que norteiam um corpo verme

Do final temente

Que lhe comam a derme

Nas almas dicotômicas

Sem estrutura harmônica

Vive um ser perdido

Nem mocinho nem bandido

A procura de sentido

Um ser aborrecido

Que não sabe esclarecer

Que não deseja estabelecer

Prefere as rondas

Preferencialmente no escuro

Acompanhando ondas

Do que pensar maduro

Acompanha a maré

Num sobe e desce constante

Nada vê adiante

Nada sabe nem o que é

Assim segue na vida

A espera da morte

Que quem sabe com sorte

Me dê alguma guarida

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 06/12/2012
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