VOZES INCÓGNITAS

VOZES INCÓGNITAS

Ouço vozes

Atrozes

Algozes

Ferozes

Vozes vindas de dentro

Do fundo da consciência

Pesada por excelência

Atingem meu epicentro

A cabeça gira

Ou quem sabe rola

A alma se atira

Propulsora qual mola

As vozes são difusas

Por vezes confusas

Mas reconheço o som

E conheço bem o tom

São só minhas

Falando, gritando, tentando

Suportar as rinhas

Do viver calando

Profusão de vivência

Redução de paciência

Seguindo a tendência

Tudo é inconsistência

Perguntas sem respostas

Soluções sem propostas

Caminhos sem rumo

Vida sem prumo

Ao final tudo ficará certo

Não mais haverá o incerto

Não haverá a busca da certeza

Questões morrerão nas profundezas

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 16/12/2012
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