VOZES INCÓGNITAS
VOZES INCÓGNITAS
Ouço vozes
Atrozes
Algozes
Ferozes
Vozes vindas de dentro
Do fundo da consciência
Pesada por excelência
Atingem meu epicentro
A cabeça gira
Ou quem sabe rola
A alma se atira
Propulsora qual mola
As vozes são difusas
Por vezes confusas
Mas reconheço o som
E conheço bem o tom
São só minhas
Falando, gritando, tentando
Suportar as rinhas
Do viver calando
Profusão de vivência
Redução de paciência
Seguindo a tendência
Tudo é inconsistência
Perguntas sem respostas
Soluções sem propostas
Caminhos sem rumo
Vida sem prumo
Ao final tudo ficará certo
Não mais haverá o incerto
Não haverá a busca da certeza
Questões morrerão nas profundezas