Caixa de Pandora
Se me precisas, é porque me queres, assaz
Quando queres, egoísta, “merit mériter”
Ao que mereces, pões de lado outras vidas
Vidas, essas, tão importantes, quão carentes...
Careces, pois, de mim, de ti, e de nós dois
Para que aguentemos o peso do nosso olhar
Antes, e coesos que somos, que dos céus
Desçam raios, a imacular nossos pecados...
...Pecados? Ou intensidade num ímpeto de viver
Plenitude à flor da pele, num deixar-se “ver”
Profunda, total e completamente...?
És meu infortúnio, minha caixa de Pandora ...
Não devia, mas preciso abrir-te, egoísta que sou.