Sou o que nem sei

Sou mais hoje o vivo de ontem

Serei amanhã o mais vivo de hoje

E amanhã não serei mais nada além de passado

Do passado me tornei o de hoje

De muitos passos dados neste caminho

Tropeçadas e topadas conjugadas

E ainda tenho os pés regenerados

Em cada pedra um receio fincado ao chão

Liberdade que se brinda a cada trilha nova

Sou novo!

Sou velho!

Sou imaturo!

Sou vivido!

Sou vivo!

Sou hoje o que ontem já se foi.

Fui ontem o que nem amanhã sei o que serei.

Sou tudo!

Sou nada!

Sou mais!

Sou pouco!

Sou livre... livre...

Como os pássaros são cantantes

Como os peixes, nadadores

Como as borboletas, voadoras

E como o vento sem rumo certo.

Sou o que descobri ser.

Sou o que nem sei o que sou.

Sou simplesmente minhas contradições

E simplesmente isso...

Viana Viana
Enviado por Viana Viana em 13/02/2013
Reeditado em 13/02/2013
Código do texto: T4137176
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