A VELHA MESA



Virei a mesa
E com ela as ilusões
E a velha mania
Da pessoa coesa
De amar em perdições
Conquanto geme em agonia

Virei as cadeiras de palha
Pois a imundície do chão
Era pífia ao peito de cangalha
Estirada em pó ao pavilhão

É latente
Essa vertente
De sonhos
Enfadonhos
Que a margem
E a coragem
Puderam agora
Erguer a mesa de pandora

Os gastos copos secos
Reduzem e simplificam
A dor pelo sempre pueril
Ou aquilo que nunca existiu
E refrescam
Gritos e arfadas em ecos...



***

Adam Poth
Enviado por Adam Poth em 15/02/2013
Reeditado em 15/02/2013
Código do texto: T4141248
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