Minha ilha, este quarto de onde às vezes me lanço.

A cidade, oceano, para onde avanço.

Meu território, a cama quentinha, onde me refaço.

Quatro paredes continente,

Casulo dos sonhos meus.

Águas profundas de loucura e ousadia,

Neles mergulho, esqueço, deles me abasteço.

Forte e desvairada com velas abertas avanço,

Tendo por guias meus sonhos e a gana de atendê-los.

Sem estratégias nem planos, priorizo o meu prazer:

Pra onde esse vento leva, nem sempre quero saber.

Gira a bússola, onde vou? Parando, mostra o Norte,

O Norte do meu ser.

Sigo assim o meu destino: um barco solto ao vento,

Com velas seguras e amplas içadas no meu coração!

Jacarezinho/PR(02/08/81)

 
Zeni Bannitz
Enviado por Zeni Bannitz em 17/03/2007
Reeditado em 02/11/2012
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