FAZES
Sou meretriz
Sem diretriz
Cara encharcada de verniz
Por não fazer o que condiz
Sou prostituta da existência
Que vende a alma
Em troca da sobrevivência
Mas com o coração sem calma
Sou aquela que apontam na rua
Sem se importar com meu sofrimento
Vivo de acordo com as fazes da lua
Um dia cheia do meu eu
Outra nova pronta pra recomeçar;
Às vezes minguante chorando o que perdeu
Tantas vezes crescente imaginado tudo apagar...
E assim sigo minha jornada
Cafetina a mim mesma
Sem lucro, prazer ou nada;
Aguardando por um anjo ser resgatada...