Ávido por respostas...

(poema livre)



Que queres tu de mim?
Se nem indagar sabes enfim
Ávido estou eu por tua sina
Que entrementes não puxa a crina
Nem as redes, de qualquer situação

Que esperas afagar?
O brilho do que proporciono
Ou aves que te consolo
Nas asas do amor a figurar?
Que realidade prosaica
E a instintiva arcaica
Dos tempos de salomão
Que queres tu de mim?

Somente aquela mão me consolava
Contudo todo o sorriso renovava
Até mesmo quando resoluto desatava
E eu desapontava relatava...
Ou delatava enfim
Tudo o que me fizeste
Mas enfim, para quem?

Ao mesmo interím que sofro tua ausencia
E exijo por aquela última palavra
Pouco sei como agir se me surtasse

Esse desvio me anima e me confunde a escrever
Como cálice do não sei nem mais ao que crer
Se é que assim pode-se dizer

Ah, o bálsamo deve preencher tuas respostas
Pois a mim quaisquer delas são banais
São sempre em pranto tão reais
E soam conquanto iguais...

Quando tua resposta não acrescenta mais nada
Quando teu desespero é o cume da cobaia
Que quisera a nós por entre os selos das tumbas
Que assim mal selaram os laços e as navalhas
De tuas intempéries de loucuras vãs
E batalhas contra sí próprio...
Portanto te pergunto... que pretendes tu com isso?




 
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