Fome
Encontrei a lua
Tomando o meu corpo
Nua repetindo teu nome
O vento soprou em meu seio
O arrepio percorreu a espinha
Por dentro jazia o gozo
Que nem minha fome sacia
O homem na sombra padecia
Sem membro não respondia
Fechei os olhos
E não te via
Foi-se a noite
Veio o sono
Meu sonho jazia
Eu
Ouro de tolo
Insaciável e vazia
Acordei chorando
O sexo gemia
Na cama vazia
Sem consolo
Sem gemido
Com o grito na garganta
Eu. Eu. Eu.
Agonizando
Morria.
Rose de Castro
A ‘POETA’