Ele se corta pra esquecer.

O realismo é difícil,

O poeta rancoroso, pessimista e depressivo,

É o que dizem os críticos,

É apenas realista,

Enquanto os sonhos um dia acabam,

A realidade é maleável, se remonta, transforma,

A fantasia é bonita, porem destrutiva,

Tudo tem o seu tempo e plano,

Viver a realidade é ser livre,

Quem voa muito alto, se machuca com a queda,

Buscar algo inexistente transforma uma mente sã num corpo doente,

A liberdade do corpo esta na mente, o poeta também sonha, mas sabe ser realista, um pouco são, um pouco doente,

A vida do poeta é traçada numa reta onde inteligência e loucura são sinônimos,

É a busca por uma realidade inexistente, realidade alternativa,

Buscar a curva no horizonte, um começo sem fim, de um começo final,

Aos pouco ele descobre, quanto mais ele se corta menos dói,

É realismo sim, realismo alternativo,

Basta não ter medo de arriscar,

A estrada é longa, o tempo não para ao seu redor,

Pouco satisfaz, ele se arrisca no saber,

No contínuo de solidão e dor,

Não esqueçamos do amor,

Ele se corta pra esquecer da dor,

E assim continua, vivendo os momentos,

Morrendo os momentos,

Seja arredondada, ou só a metade,

Tudo passa quando a pele arde.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 22/08/2005
Reeditado em 22/08/2005
Código do texto: T44252