Eu. Deus do caos

Sou de quando o tempo e o espaço

Não existiam;

Nenhuma memória...

O nada absoluto e remoto,

Um vazio sem tamanho, sem vazio.

As cores não eram frias nem quentes,

Tampouco eram cores.

Pois não havia temperatura.

Sem cabeças, sem ideias;

Sem desejos, anseios, elementos,

Nada era sólido líquido ou gasoso,

Na verdade, Nada era nada,

Muito menos tudo.

O lado oposto da tabela,

O abraço do sempre com o nunca.

O inverso do universo, sem frente

Sem verso ou reverso.

O oposto disposto sem rosto.

Não existia fim nem começo;

Limites traçados pelo desencanto.

Eu mesmo não era, não seria,

Nunca jamais, impossível...

Não se pode dizer que foi um dia,

Uma vez ou uma ocasião. Mas,

Como por encanto eu: Big-bang!

Descobri a única fonte,

O único jeito de eu ser Deus

E de haver o que não havia:

Descobri o caos quando explodia.

Quando tudo começou

Sob um descuido do nada

Eu era volátil, explosível e não sabia.

Então nasceram as eras, as feras

as quimeras o tudo e o nada mais.

C. M.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 24/10/2013
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