Pintada como eu pinto.

Sonhei com uma onça

De cara pintada

Transitando nas ruas

E gritando intrepidamente:

Fora Collor! Fora Collor!

Depois que expulsou o presidente

Ficou com cara de bundona

Sorriso amarelado,

Com pitadas de preto.

Com aquela sensação de vazio;

Procurando um dono.

Ela tinha sido manipulada,

Era do PT e saudações...

Ainda tinha uma cadela

Ela auto latia, era Autolatina.

Auto lá, Tina! Menina...

Kilombo! colombina...

Nada adiantou,

No meio do caminho tinha

Tinha a política

Tinha a política no meio

Do caminho

No centro, na esquerda

Radical socialista;

Direita ruralista.

Mas a onça pintada despista.

Virou turista, saiu da lista.

Agora ela dança,

Faz quadradinho de quatro

E deixa barato.

Mas não foi só ela,

Eu também caí, que nem um pato.

Vi que a onça era sonsa;

Não era de verdade;

Precisava de uma sova;

Uma cintada sentida como eu sinto;

Era apenas uma onça pintada

Como eu pinto.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 26/10/2013
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