Confusão, vez em quando...

Sei de coisas que até Deus duvida.

E duvido de coisas que até Deus sabe.

Sou da inconstância, certas horas.

E das convicções absolutas em outros momentos.

Todavia, carrego comigo duas virtudes peculiares.

O amor como fonte de existir.

E o refinado trato para com p que meus olhos veem.

Vejo isso como virtudes, como minhas virtudes!

Isso talvez possa não lhe fazer diferença.

Mas, faço toda a diferença quanto ao seu modo de me ver.

Não destrato, nem obrigo.

Justifico meu varal de ideias

À medida que ponho no papel as palavras.

Fecho meus olhos e deixo...

Deixo a mão correr na folha branca,

Traduzindo cada querer, por menor que ele seja!

Fujo de mim, certas horas.

Noutras, adentro às minhas próprias fantasias.

E como fantasio Deus!

Amo muito tudo isso!

Procurar desenho em nuvem, admirar o luar hipnotizador no meio do céu estrelado.

São pequeninas atitudes que me inspiram.

Mas, não é toda inspiração.

O inspirar caminha comigo, mesmo em dias de dor.

Faço do sofrimento força para continuar.

E magicamente, continuo.

Um pouco melancólica, mas continuo.

A melancolia é parceira da loucura.

Ou seria o medo seu melhor amigo?

Um do lado do outro, é trio bom para dias de confusão mental.

E esses dias sempre vêm até nós.

Não adianta bater no peito atitude contrária.

Há dias em que tudo o que precisamos é daquele colo.

Aquele travesseiro gigante, aquela cama macia,

Para recostar as dúvidas.

Luz apagada e talvez a mais suave das canções.

E são tantas dúvidas a confundir!

Somos postos em xeque todos os dias, de todos os lados.

Há dias em que damos aquela rebolada, para readoçar a vida.

E há dias em que azedamos o dia, por mais açúcar que comamos.

E tem hora em que ser azedume é a única alternativa.

A alternativa certeira para mostrar ao mundo que, caso precise, sabemos morder!

A mordida nem sempre machuca demais.

Serve apenas para lembrar que dói e fere.

E que se preciso será usada!

Mas, talvez hoje não seja preciso morder...

Um pequenino ponto de exclamação e pronto!

Tudo volta ao que deveria ser.

Sei de muitas coisas.

E duvido também de outras tantas.

Questiono ou, ao menos, tento.

Quando acho conveniente questionar.

Caso contrário, um questionamento mental está de bom tamanho.

E assim vou levando os dias, um depois do outro.

Duvidando, acreditando...

Vendo até que ponto eu vou ou fico onde estou.

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 27/04/2014
Código do texto: T4784773
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