LOUCURAS
Andam à solta por esse mundo as loucuras,
Tomaram conta de tantos espíritos incautos,
Que me fazem passar a vida em sobressalto,
Por recear viver até ao fim em eterna tortura.
As loucuras são traiçoeiras, bem venenosas,
Tornam-se agressivas, são muito violentas,
Verdadeiras, como perigosas sanguessugas,
Não deixam a presa, que se torna indefesa.
Quem se deixar apossar de loucuras, corre
Sério perigo, será castigado, sem perdão,
Por cumplicidade com o autêntico burlão.
Burlão sem sentimentos que em erro incorre,
Por falsear a verdade com as suas loucuras,
Que não terão qualquer valor por imaturas.
Soneto sem rigor métrico
Ruy Serrano - 05.06.2014, às 23:00 H