Caos 


Beijando o caos, a febre dormita nas ausências,
inerte no templo das resistências, guarnecida
de porfias, sonega sorrisos que não deu... e,
cinzela o mármore gélido em máscaras suicidas.

Sentinela do fugidio angustia-se de sobrevida;
relendo-se pesadelo, tem modelo da tétrica busca
que empreendeu. Na maratona levou a tocha
e apagou a chama e não se leu, assim, revida!


Misto de enigma e incógnita, recria-se em nada,
ventania e apatia instaura em elegia sombria, cantam
em coro, filhos de ventres mal gerados, deturpados...


Pela bruma da inconsciência em decomposição,
colecionados pela demência, são tragados no vácuo
da alucinação, voando em máscaras dos retalhados.

elisasantos
Enviado por elisasantos em 16/05/2007
Reeditado em 16/05/2007
Código do texto: T489548