Palavras voadoras.

Um jovem rei, cansado de mentiras.

Queria apenas, ouvir o som do silêncio.

Queria esquecer, palavras ruins.

Como assassinos, saídos das bocas.

Sem mais palavras.

Sobre mentiras, ódio ou dor...

Palavras voadoras.

Que machucam, como agulhas.

Pensando sozinho, vivia o jovem rei.

Não havia palavras, sobre amor por aí.

Então, ele desfez. Criando palavras com asas.

Para voarem, ele libertou os sons.

Palavras voadoras.

Palavras voadoras.

Sons liberados, como dardos.

Palavras voadoras.

Para o alivio, de um coração cansado.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 13/11/2014
Reeditado em 05/08/2020
Código do texto: T5033191
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