Outra e Nada
Debruçada sobre
as águas de vidro,
vejo-me turva
Sou borrões não
decifrados em traços
Ilusionista, o corpo
Dentro do vazio constrói
a tua casa para desmoroná-la
sem alarde
Restam dezenas de mim,
mas nenhum pedaço
me veste com agrado
Não sou aquela de quem falas
Não vejo o que vês
Pluma sobre a água
ou pedra lançada
Que se faça esquecer
a memória de mim.