De ferro é a mentira inoxidável

Um castelar de signos compõe a atmosfera seca da mentira

e em dunas de cálcio felizardo habita-se como peso humano

toda uma infâmia de temores monstruosos e seres inválidos

E prédios de aço-angústia convive o tédio dessa humanidade

a mesquinha raspa do tacho desta Terra faminta e demitida

onde seres que se dizem humanos adoram adiarem tormentas

A verdade completa sua meia-irmã inverdade ou desaparece

e vermes colocados ao mármore do inferno aceitam vomitar

ou nunca amados ousam sofrimento nas lágrimas rejeitadas

Este imenso patamar de inaptos seres teimosos tecem medo

um pavor de outro inferno que nem existe mas está na Terra

e muitos seduzidos desfalecem na conjura a morte esquecida

Porém, mais desertos impedem o evoluir das mentes doentes

e a realidade cinza se adianta ao céu de falso azul inocente

morrendo milhares de enganadores que desafiam seu destino

Terras de sem-fim mesclam-se ao roxo intencional de farsas

onde mentiras vacilantes adquirem uma côr dos preconceitos

gafes imundas de valentes imorais e onde habita os monstros

Ao semear as fúrias embotam os pensamentos de cada santo

e adiante está a estrada da má vontade regida por desgraça

mas o infortúnio sai de seu covil e abandona sortilégios vagos

Esta fera que some adentro dos seres agora regula fronteiras

fica a cada um do seu ingrato labutar neste chão ressequido

semear a esperança emagrecida encilhada em sua falcatrua!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 19/01/2015
Código do texto: T5106891
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