Ab Sinto

Nas exalações,

A fada verde,

De abstrações,

Delirante deleite.

Nos pés esfolados,

A sola solta a soda,

Pingando emplastros,

Volta de roda em rota.

Escapa-se em uma capa,

Voo de asas tecidas,

Laminando feito adaga,

Atrevimento da desmedida.

Meio-dia medita a mendiga,

Num vomitório decassílabo,

Letras do iletrado que irrita,

Mastiga o máximo do vazio.

Raparigas delgadas de anorexia,

Respingadas pela poeira pesada,

Tocando a úvula vulva bulimíaca,

Orquestrado ósculo que escarra.

Ostracismo de moluscos lúdicos,

Mar tiranizando os cílios,

Pelos libertos dos poros cúpidos,

Salivando no amargor cítrico.

Beija chupa engole a língua,

Duendes palpitando no cerebelo,

Crescendo volumosas ínguas,

Com chicotadas dos soltos cabelos.

Grita aflita a tira em estria,

Afluentes das mentes de captos,

Fogueira de paisagem cinza,

Fuligem fuleira de escara pathos.

O gozo é pus que salta,

Infecção de corpos cavernosos,

Orgásmicármica pauta,

Fluxoprazererupção dos corpos.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 01/03/2015
Código do texto: T5154802
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