doce desejo mistura o leite

jovem peregrino menino iludido

caminha na casa de lá para cá

sacode os cabelos nas aguas do rio

do pulo mergulho nas aguas azuis

a mãe curiosa começa a gritar

meu fiinho inocente não sabe nardá

tem medo da morte da agua bravá

menino loucura no seio acalentá

seu pai da risadas e fuma um cigarro

soltando fumaça ilude o vaquero

e os jangaderos dorminando o már

so olha de longe e dizendo sár pra lá

no beco da rua tem um butiquim

so vende a caçada bebe um gole

e sai dali tonto na rua do joaquizin

de queda em queda solta um galope

os meninos da uma cheirada num treco

so olha de longe meninos drogados

famia perdida meu deus cuida deles

pois eles são os pobres coitados

chega em casa pirado falando besteira

a mulher faz uma reza em virge maria

é cada trupicada que dava na casa

que dava até alegria na casa cutia

cabloco na rosa so puxa enchanda

menino de rua aprende a roubar

o rico bem visto so anda revestido

mas nao querem mais queimar

e no meio da igreja é tanta ladainha

rosario meu deus da medo então

eu pego o atabaque e toco uma moda

e pai ja vem com violão tocando um reco reco

menina inocente pula de corda

menina assanhada pula a janela

inocente brica na rua de tudo

a assanhando vem da rua e pula o muro

os na esquina so faz apontar

atras das portas so querem escutar

os altos fuxicos que se ouvem de noite

é das linguarudas que so sabem fofocar

nada é tao doce que possa melar

e nem tao salgado que possa salgar

mas ha uma medida calculada

na viva vivida na vida de quem sabe amar