O que transborda

O que me toca

O que me leva

O que me deixa

Eu quis tanto ser poeta

Que fiz versos na parede

No teto não vejo outra coisa

Poesias que caem no chão

No chão que piso

Que deito

Que imagino

Vomito palavras

Que vejo

Meus olhos se dilatam, ficam vermelhos

De tanta lucidez

Procuro a loucura do meu corpo rabiscado de caneta.