TANTO POR TÃO POUCO...

Quanta loucura por nada...

Quanto sofrer por tão pouco...

Ficar de boca fechada,

Não diminui a dor de um louco...

Quando a loucura ensurdece...

A luz do olhar empalidece...

Passa-se a duvidar da própria imagem...

Tudo o que se crê transforma-se em miragem...

Já não há mais provável saída,

Dá-se por vencida... Falida...

O que ainda se teima chamar de vida...

Quem atirará a primeira pedra...?

Quem afirmará sanidade plena...?

Quem jamais sofreu uma queda...?

Quem é que tem sempre uma noite serena...?

Todos nós temos uma porção de loucura...

Que não pode se sobrepor à candura

Da alma que abriga a mente desvairada,

Que segue vagando ferida... Alucinada...