Cafeína.

Minhas pupilas dilatam.

E meu coração acelera.

Minhas mãos tremem.

Em minhas costas, suor frio.

Eu procuro por você.

Então, eu respiro fundo.

Um poco mais, por favor.

Ainda posso com isso.

Cafeína.

Minha querida, cafeína.

Eu rastejo, pela lama.

Quando estou sem você.

Minha cabeça doe.

E meus olhos pesam.

As luzes se apagam.

E o barulho aumenta.

Me dê um poco mais.

Ainda posso com isso.

Cafeína.

Minha querida, cafeína.

A abstinência, atende ao chamado.

Nunca vi isso, como um vicio.

Mas, por favor, me dê um pouco mais.

Eu ainda posso, com a cafeína.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 07/09/2015
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T5374031
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.