Brasil II

Outro dia, no Ipiranga, recoberto de carniça

dum povo medíocre, um grito de terror

nada ilumina as sombras e trevas de tal povo

que se afoga cada vez mais em seu horror

Não pensava que houvesse tal maldade

dando a um povo só desgraça e sofrimento

num seio morto, escravidão permanente

somos mortos, sem querer, a todo momento

Brasil, completo sonho, já é símbolo

de ódio, raiva, rancor e só sofrer

e num horrível céu, tristonho e ríspido

não mais se verá um cruzeiro quando eu morrer

Com essa terra, já tão sofrida

toda manchada de mortes e sangue

em seus relevos, vida já não mais há

tão ridícula e imunda quanto um mangue

Óh, e como essa pátria á mal amada!!

E tão menos idolatrada!!

Por enquanto tal fututo só há em minha mente

mas como vai, em pouco tempo já será presente.

Diogo Zanon França
Enviado por Diogo Zanon França em 25/09/2005
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