Brasil II
Outro dia, no Ipiranga, recoberto de carniça
dum povo medíocre, um grito de terror
nada ilumina as sombras e trevas de tal povo
que se afoga cada vez mais em seu horror
Não pensava que houvesse tal maldade
dando a um povo só desgraça e sofrimento
num seio morto, escravidão permanente
somos mortos, sem querer, a todo momento
Brasil, completo sonho, já é símbolo
de ódio, raiva, rancor e só sofrer
e num horrível céu, tristonho e ríspido
não mais se verá um cruzeiro quando eu morrer
Com essa terra, já tão sofrida
toda manchada de mortes e sangue
em seus relevos, vida já não mais há
tão ridícula e imunda quanto um mangue
Óh, e como essa pátria á mal amada!!
E tão menos idolatrada!!
Por enquanto tal fututo só há em minha mente
mas como vai, em pouco tempo já será presente.