Sorrisos e soluços

E lá estou eu adiante, passiva.

Vejo-me cristalizada no tempo.

Nada senão o vento amigo.

Que refresca e mima.

Nada mais sou, do que fui.

Meu amor por ti virou fumaça.

O cálice de emoções não flui.

Atordoada a alma desta palhaça.

Se ri da vida, da vida fiz.

Um sentimento tão leve e vil.

Hoje choro gotas de vinil.

No mata-borrão que tu me quis.

Já nem sei quais palavras são estas.

Se eu mesmo que as escreveu.

Só sei que tirei da destra.

Tudo aquilo que um dia marcou.