Rubra Viagem

Rubra Viagem

Viajando de Dionísio a Baco

Flutuando de Grécia a Roma

Trago de vinho, fumaça de tabaco

E meu corpo jaz em coma

Minha essência tocada

Mãos profanas pedem prudência

Línguas passeiam desesperadas

Sob a aura de falsa inocência

Nus, Deuses e ninfas caminham

Desfalecido estou sobre a parra

Bebem e gargalham e agonizam

E minha alma presa nestas amarras

Alucinado, ébrio em vermelha banheira

Bacantes banham meu ser em vinho

Prendem-me novamente à parreira

Então percebo minha mente em torvelinho

Recobro meus parcos sentidos

Relembrando da deliciosa sensação

Profano, em sonho sou ser pervertido

Abro outra garrafa, vinho e minha perdição

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 02/10/2015
Código do texto: T5401708
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