Visita íntima
Encarcerada,me visto.
Despois da visita...
Horas confusas.
Penetrantes,momentos
Intrusos.
Me dispo,tão inteira...
Talvez,nunca mais.
Talvez,eu tome a pílula do dia
Seguinte,e aborte as minhas idéias
Idiotas,as minhas premissas.
O sol,que nasce quadrado...
Eu vejo,dançando em cada
Espaço,quadriculado,que se desenha
Aos poucos.
Loucos,poetas,seres e dizeres iguais.
Poetisas mentirosas.
Mulheres honestas,de guerra e de paz.
A cela,não me condena.
A mordaça,essa sim,me assusta.
Os meus joelhos,arrastam-se
Até a fresta da janela.
Preciso de um pouco de ar.
Incondicionado momento,só meu.
Arranco as algemas.
Minha alma,parece sair,sem que eu
Permita,não sou mais dona de mim.
Vou comer,o que me resta.
Ruminar,até o que não presta...
Virar lixo,não preciso engolir.
Vou parir,é melhor que abortar
Essas dores insuportáveis
De um filho sem pai.
Mãe,de todos...
Chegou a sua hora.
Vá...