Qualquer gesto
 
Rápido me infesto
Numa supervalorização dos gestos
Na euforia inevitável que custa frear
Em frenética busca por alguma razão para parar
 
É que essa enchente que me toma os nervos
Que me invade as narinas
Com as dores dos odores desejados e jamais sentidos
Com as ondas de pensamentos sórdidos e permissivos
 
Essa avalanche de intensa ternura
Que atropela aos poros em arrepios fortuitos
Mas que nem mais cogito em hipótese futura
Continua com o seu inútil e fútil intuito de me tomar