Dinha Num Céu de Diamantes

Uma garrafa da vinho:

Suave, quente, fino. E basta!

Luci e eu dançávamos num céu de diamantes.

O universo conspirava e os anjos passaram a nos espionar.

Outra garrafa de vinho, doce, falsificado.

Às vezes acre, às vezes mel. É suficiente!

Luci, eu mando embora, o céu agora é só meu!

Os deuses me desejavam e os poetas bêbados

vomitavam seus textos de amor,atirando sob meus pés

um pouco de vaidade e ruína.

Ainda danço num céu...

E meu diamante favorito é azul eterno, da cor da tristeza que sinto.

Duas garrafas de vinho e um tiro de misericórdia.

Porque pra quem já não suporta tanta realidade mal cheirosa,

um pouco de alienação,não faz mal a ninguém.

Dinhalove
Enviado por Dinhalove em 08/07/2007
Reeditado em 08/07/2007
Código do texto: T556667