Desejos vitais
 
O desejo é uma prece oculta
Sem moral nem culpa existencial
Em vindo não há tempo
Na fração que o intento eclode visceral
 
Vem defender a vida
E indócil justifica o plano original
Ele é o acontecendo sem gritos de alerta
Quando assim desperta em frenesi total
 
Freios são artifícios híbridos
Embebido em líquidos de outro rival
Que lhe invejam a origem
A instância em que infringe ao que se diz normal
 
Desejo é então genérico
Centro de um periférico em potencial
Estigmatizado pelo caráter indômito
Injustamente o vômito de todo animal
 
Desejo que é desejo não sofre o despejo
Do seu ser vital
Resiste em outro desejo
Na troca inconsciente de um bom por um mal