No limite da loucura

Somos todos loucos,

Um pouco

A loucura atravessa a rua

Toda nua

Passa como naus dos insensatos

Não sabe aonde vai ancorar

Volta ou fica

Destino incerto

Como lixo debaixo do tapete

Livramo-nos dos loucos

São incômodos que não corresponde aos padrões

Impostos aos que não são loucos

Menos loucos

Na solidão dos cubículos

Amarrados, imobilizados, incomunicáveis

Convivem com seus surtos

...Surrealistas, iluminados

Outros obscuros

Aproxima-se dos humanos,

Demasiadamente humanos

...Somos loucos

Aproximamos destas mentes

...Vulneráveis, carentes

Isolados, ausentes

Pois também somos loucos

Um pouco

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 01/08/2016
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