Insanidade

Insanidade

Hoje a caneta estourou em meu bolso

E o azul que escorreu por meu peito

Desenhou um coração torto e gelado

Eu não estou insano, mas poderia estar

Hoje o cordão de meu tênis se partiu

Justo quando a pressa se fez presente

Descalço eu fiquei, à espera de nada

Eu não estou insano, mas quem pode afirmar?

Responda, ainda que com outra mentira

Você tem de chegar ao final disso tudo

Pois as raposas não se escondem em vão

Essa carta que te escrevo nunca será enviada

Mas quem estaremos novamente enganando?

As coisas que foram ditas nunca foram sentidas

A sua cabeça parece um pouco mais leve hoje

Devem ser os soníferos o qual piamente confiou

Em tempos melhores estaríamos dançando

Ainda que a música só nos fizesse chorar

A vida é apenas mais um sonho colorido

Que se dissipa com o primeiro feixe de luz.