CAÍDO NO ABISMO SEM FIM

Vivi, não aprendi,

tentei sentir me confundi,

tentei viver, não vivi,

os tempos passaram não percebi.

Como sofri, não entendi,

ouvi, deixei fugir,

não encontrei, não sei

como sobrevivi.

Dormi não acordei,

não suportei, gritei,

as emoções ficaram no sonho

que sonhei apenas sofri.

Tantos dias sonhado,

ingênuo quanto a mim,

marcas amargas, prometidas

do destino amargo de mim.

Tão ingênua a minha ingenuidade,

louca, sutil quanto a mim,

que dorme o sono do ébrio,

caído no abismo sem fim.

LAZARO MARTINS
Enviado por LAZARO MARTINS em 05/11/2016
Reeditado em 29/12/2016
Código do texto: T5814222
Classificação de conteúdo: seguro