Vício
...
Há baratas pela casa
Há ratos
Escorpiões
Aranhas...
Suas teias descem do teto
E emaranham-se nos nossos cabelos
...e nos nossos pensamentos
Há morcegos ...
Nossa boca, túmulo caiado,
Aguarda pelo grito.
Na garganta há um nó apertado
Nos punhos pesadas algemas.
E na alma muitos gemidos.
Estamos fadados ao sacrifício
Até que a morte nos livre do recorrente suspiro...
QUERO SER LIVRE! Quero estar VIVO!
Triste herança e cadeia de um vício corrosivo...
...
(Cléria Barros)