Só nos resta sucumbir, um ao outro.

Deste lado, onde habitamos agora,

Sempre houve subversão,

Sempre podemos tomar, mais uma dose,

Há sempre espaço, para uma nova ilusão.

Aqui, no nosso lado torpe,

Sempre há uma nova perversão,

Que nos transforma, no pior de nós mesmos.

È preciso coragem, para nos mostrar ,

Tal como somos, pois aqui não há redenção.

Entre a fumaça do cigarro, nos enxergamos,

Nos aceitamos, vivemos o medo nosso de cada dia,

Não há mais nada a fazer,

Só nos resta sucumbir...

Deste lado, os delírios são constantes

Aqui, não há portas ou janelas.

Esta escuro, é sufocante.

Já não há espaço para a sanidade,

Há muito tempo, não há mais sobriedade...

Nossos corpos vagam , mas as nossas almas estão pressas!

Atadas! Aos nossos medos, aos nossos excessos!

Não há mais controle .. não há mais culpa!

A nossa loucura, anestesia , a nossa dor.

Ele alimenta a minha utopia e eu a dele.

Eu sou o sua fraqueza,

E ele é a minha....

É um vicio!! E não estamos prontos, para abstinência.

Já não resta mais nada, apenas sucumbir.

Vivemos todas a agonias, nos deixamos ferir,

Não há mais pra onde ir,

O normal já não é o bastante, ele se tornou perigoso,

Para pessoas como nós,

Vamos apenas, aliviar, as nossas aflições,

Deste nosso modo, Tão perturbador.

Somos um quarto fechado em nos mesmo.

Não há mais espaço para a realidade.

Somos um reflexo irônico um do outro,

Há sempre ódio , na mesma medida do amor,

Já não há salvação...

Só os nossos devaneios, nos libertam!!!

E sabemos que lá fora, não há pra onde voltar,

Não há lugar , para pessoas como nós,

Então só nos resta sucumbir, um ao outro.

Lilly Naninha
Enviado por Lilly Naninha em 23/01/2017
Reeditado em 23/01/2017
Código do texto: T5890692
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