NUVEM ERRANTE
Sou como uma nuvem errante
Que mal desponta adiante
Logo se perde no espaço.
Porém, em outros momentos,
Junta-se a outras no firmamento
Unidas num enorme abraço!
Tem momentos que se torna a esperança
De trazer as chuvas da bonança
Pra molhar o sertão ressequido.
Em outros se torna um pesadelo
Por causa do furor e do atropelo
Com enchentes que deixam tudo destruído.
A nuvem representa várias figuras
Aos olhos das criaturas
Que nelas veem o que querem ver.
Enquanto na poesia vivo várias vidas
Sem ter nenhuma delas definidas
Sem definir meu próprio ser.
Assim tem sido a minha sina
História que mal começa, termina,
Numa louca corrida fugaz.
Que passa tão de repente
Sem passado, sem futuro, só presente,
Vivendo uma ânsia louca, sempre em busca de paz!
Ilha Solteira/SP
20/02/2017 – 21:38h