NUVEM ERRANTE

Sou como uma nuvem errante

Que mal desponta adiante

Logo se perde no espaço.

Porém, em outros momentos,

Junta-se a outras no firmamento

Unidas num enorme abraço!

Tem momentos que se torna a esperança

De trazer as chuvas da bonança

Pra molhar o sertão ressequido.

Em outros se torna um pesadelo

Por causa do furor e do atropelo

Com enchentes que deixam tudo destruído.

A nuvem representa várias figuras

Aos olhos das criaturas

Que nelas veem o que querem ver.

Enquanto na poesia vivo várias vidas

Sem ter nenhuma delas definidas

Sem definir meu próprio ser.

Assim tem sido a minha sina

História que mal começa, termina,

Numa louca corrida fugaz.

Que passa tão de repente

Sem passado, sem futuro, só presente,

Vivendo uma ânsia louca, sempre em busca de paz!

Ilha Solteira/SP

20/02/2017 – 21:38h

Daniel L Oliveira
Enviado por Daniel L Oliveira em 20/02/2017
Reeditado em 21/02/2017
Código do texto: T5918932
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