Olhos borrados...

Queria apagar-me

Mas a chama não me deixa

E a brasa me chama

E faz apelos...

Queria jogar-me,

Mas os dados...

São todos os meus lados

Confusos,na mesa e na cama.

Queria escorrer-me,

Mas o rio é arriscado

Sou isca fácil.

Queria decifrar-me,

Mas a incógnita deita-se

Ao meu lado,e me acaricia

A face,estou presa...

Sou presa fácil

Fácil mesmo é ser correnteza

De versos jorrados,borrados.

Os meus olhos estão confusos.

Não me leio.

Não me entendo.

Não me aprendo.

Estou presa.

Fácil demais,

Libertar-me...

Escorri.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 06/08/2007
Código do texto: T595092
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