Olhos borrados...
Queria apagar-me
Mas a chama não me deixa
E a brasa me chama
E faz apelos...
Queria jogar-me,
Mas os dados...
São todos os meus lados
Confusos,na mesa e na cama.
Queria escorrer-me,
Mas o rio é arriscado
Sou isca fácil.
Queria decifrar-me,
Mas a incógnita deita-se
Ao meu lado,e me acaricia
A face,estou presa...
Sou presa fácil
Fácil mesmo é ser correnteza
De versos jorrados,borrados.
Os meus olhos estão confusos.
Não me leio.
Não me entendo.
Não me aprendo.
Estou presa.
Fácil demais,
Libertar-me...
Escorri.