O padecer de sintonizar rádio no arder acorde
Telefone que não toca na escuridão dolorosa
Luz que enchidos uns olhares são escuridão
Hora falecer-se em gritos de temeridade dôr...
Se desfaz em prantos a minha saudade ferida
O tanto de chorar erma em desvãos insanos
incompletitude negra neste coração incorreto
A grave canção de minha reza sem ouvintes!
Nesta selva de pedra o incólume desamparar
E num raio das iluminada trevas, devora-se!
Jamais dando a controlar simetria do inferno
De mim a usura desse tempo consumida ira
Feiosos prantos dos belos que se conformam
E esta gandaia de afrontas a realidade suja
Desgastar de esperanças traídas no levante
Enfurnarei nas velas minha paga insensata...
Além do deserto que sim concordou enfrento
Estou inválido é dentre paredes inexistentes
Sem verbos que pedem desculpar adjetivos
Árduo meu ser que humano é um desagrado
Intenso quão faltar de rezas entre desvalidos
Esta doença que chamam da falta de amôr
O que perdi na fronteira do racional descrer
Deste antigo sonho questionador impecável
Já não ouço o vizinho que me pune queixas
Escutar que devesse a cura conjurar delitos
Horário de bendizer o que se farta permitido
Eremita louco a padecimento desmerecido!